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Brasil registra 1.264 mortos pela Covid-19 em 24 horas, maior marca desde julho 18e17

O Brasil registrou nesta quarta-feira (9) 1.264 mortes confirmadas pela covid-19. Essa é a maior marca desde 29 de julho do ano ado, quando foram computadas 1.318 vítimas. Assim, a média móvel continua subindo, para 873 mortes diárias nos últimos sete dias. O que se equiparando a níveis de meados do ano ado.
Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias também identificaram oficialmente mais 178.814 novos casos. Neste indicador, a média móvel voltou a subir para 166.046 novos diagnósticos. Até ontem, o país havia registrado quedas consecutivas nos últimos 10 dias.
Conforme o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país tem, ao todo, 635.074 mortos pela covid-19 oficialmente registrados, com mais de 26,9 milhões de
O cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19, alerta que entre os óbitos não estão apenas os não vacinados, apesar de serem maioria. “Tem vacinados ali. Mas tem gente que não pôde se vacinar. Tem vulneráveis mesmo pós-vacina”, tuitou.
Ele lembrou também que há locais que apresentam dificuldades logísticas à vacinação. E mesmo entre os não vacinados, uma parcela é vítima da onde de desinformação e negacionismo.
“Por isso que é importante que a gente desempenhe nosso papel individual (tomar a vacina, usar máscaras PFF2, preferir locais ao ar livre). Mas TAMBÉM o nosso papel social de conversar, explicar, mostrar dados”, ressaltou. “Cansa? Ô SE CANSA. Mas o vírus não cansa.”
“Janela de oportunidade”
Para pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) o atual cenário, de aumento no número de casos pela variante ômicron poderia criar uma “janela de oportunidades” contra a covid para o Brasil. Isso porque os infectados recuperados adquirem imunidade temporária contra a doença. Combinado com o avanço na imunização completa da população seria possível, “em tese”, impedir a transmissão comunitária do vírus.
“Em um momento em que há muitas pessoas imunes à doença, se houver uma alta cobertura vacinal completa entre as pessoas, há a possibilidade de, tanto reduzir o número de casos, internações e óbitos, como de bloquear a circulação do vírus”, diz o boletim do Observatório Covid-19 (Fiocruz) publicado nesta quarta-feira (9).
Para tanto tanto, os pesquisadores sugerem quatro estratégias básicas. Em primeiro lugar, a ampliação da vacinação, com postos móveis e locais de aplicação com horário estendido. Além disso, iniciar a “busca ativa” das pessoas que ainda não se vacinaram ou estão com doses em atraso. Nesse caso, seja por resistência motivada pelo discurso antivacina ou por dificuldades de o aos postos.
Sugerem também massificar a campanha de incentivo à vacinação de crianças. Dessa maneira, ressaltam a necessidade de esclarecer “dúvidas infundadas” sobre a segurança e eficácia das vacinas para essa faixa etária. Por fim, pedem o reforço das medidas de higiene e o uso de máscaras. “São medidas sobre as quais não há controvérsia, e possuem um histórico de utilização efetiva em outras sociedades, como a asiática.”
Os pesquisadores alertam ainda para os desequilíbrios regionais na vacinação. Enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentam elevado percentual da população imunizada, áreas da região Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda apresentam bolsões com baixa imunização. “Nestes locais, o fim da pandemia parece mais distante que em grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo”.
Foto: Breno Ezaki / Agência Brasília
Fonte: Tiago Pereira – Rede Brasil Atual